Técnica

1- Melhore o tempo de volta do seu carrinho
Uma estratégia muito simples é utilizar um pneu mais duro ou mais cortado. É claro que a pista deve estar pulverizada com glubs pelo menos nos pontos de freada. O pneu mais duro vai liberar o carro com maior facilidade nas retas. Ainda fará com que o motor trabalhe mais solto e, conseqüentemente, mais frio, aumentando assim a durabilidade durante uma corrida. Mesmo que o uso de um pneu mais duro prejudique um pouco as curvas (até certo ponto é claro). A dureza que está sendo usada atualmente para carros do G-0 e do G-12 está em torno de 21 a 27. Isso corresponde a um pneu Alpha "médio" (escolhendo os mais duros) e os "hard" cortando-os nos cubos sempre que a glubagem da pista permitir. A altura de torneamento dos pneus gira em torno de 18,40 milímetros. Aviso importante: nunca deixe de tornear os pneus para competir.

Máquina de rebaixar pneu

2 - Informações úteis básicas
Os induzidos mais comumente usados no Brasil, de grupo-0,12 ou 20, têm o diâmetro de 0.513 de polegada.
As ferramentas diamantadas usadas para estes induzidos, variam de 0.520 polegadas à 0.530 polegadas. Quanto mais aproximado mais torque e quanto mais afastado, mais giro no motor;
Imãs com "ponta" (MURA ou PROSLOT novo) dão mais torque e menos giro no motor (o motor puxa mais amperagem). Imãs sem ponta (RJR, RJR quad, PROSLOT antigo) dão mais giro e menos torque no motor (o motor puxa menos amperagem).
Quanto mais avanço do coletor, mais giro no motor. Quanto menos avanço no coletor, mais torque.

3 - Motor: colagem de imãs com aproximação
1. Feche o seu setup (conjunto de caixa e cabeçote) com o induzido que vai ser utilizado.
2. Sem os imãs, ajuste com espaçadores o ponto mais apropriado segundo o coletor em relação a casa de carvão.
3.Em seguida, abra o setup e coloque os imãs (grudados magneticamente no induzido). Feche novamente o setup.
4. Marque com uma caneta a posição definitiva dos imãs. Retire novamente o induzido e utilize um induzido velho fora de uso da mesma categoria. Cole com superbonder (use o suficiente apenas para fixar temporariamente) os imãs ao induzido velho.
5. Em seguida, cole os imãs na caixa com cola magnética (pode ser araldite 24h com um pouco de pó de imã), respeitando a posição marcada anteriormente com o induzido novo.
6.Após 24h bata no eixo do induzido levemente a fim de quebrar a pouca superbonder que une o induzido velho aos imãs retirando-o. Raspe o excesso de superbonder da face interna dos imãs. Pegue a sua ferramenta diamantada para imãs (da medida de sua preferência) e coloque-a no lugar do induzido, parafusando o cabeçote na caixa com a ferramenta dentro .
7. Em seguida, com a sua Dremel ou furadeira em velocidade de apróx. 500 rpm (nunca utilize velocidade superior, sob pena de danificar a ferramenta empenando o eixo ou pior), segure com força o setup debaixo de uma torneira (com a água o trabalho nos imãs fica mais perfeito), com movimento (sempre) de puxar.
Com este trabalho de usinagem dos imãs você equaliza o campo magnético, muda a curvatura dos imãs e obtém mais torque do motor, além de poder obter curvas de "giro x torque" variando o diâmetro da ferramenta diamantada.

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Ferramenta Diamantada para imãs.

4 - Prepare seu motor 3
Nunca esqueça de limpar ou até polir sempre a casinha de carvão do seu motor . Lembre-se de alinha-las em relação ao coletor. Não aconselhamos que você adiante as casinhas de carvão para obter mais giro do motor, pois, fica mais dificil de fazer um bom alinhamento.
Para fazer um bom alinhamento, aconselhamos o uso de um alinhador diamantado para, alêm de polir a casa de carvão, você poder deixá-la do tamanho do carvão . Lembre-se que algumas casas de carvão das marcas RJR e PROSLOT vem apertadas demais prendendo o carvão quando o motor aquece.
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Ferramenta Diamantada de casinha de carvão .

5 - Prepare seu motor 4
Sempre amacie bem seu motor na fonte , mas antes não esqueça de passar uma ferramenta diamantada de carvão, nos carvões montados no set up (conjunto de caixa e cabeçote), com isso você pode diminuir o tempo de amaciamento na fonte do seu motor, não sacrificando tanto o coletor do induzido.

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Ferramenta Diamantada para Carvão dupla .

6 - Prepare seu motor 5
Sempre amacie bem seu motor na fonte , coloque-o por 30 min. em 2,0 volt. depois mais 30 min. em 3,5 volt. depois mais 3 min. em 5,0 volt. e termine com mais 20 min em 2,0 volt..
Lembre-se de deixar o motor esfriar na hora de mudar a voltagem e lubrifica-lo .Importante os tempos e voltagens dependem muito das características da pista que você vai correr, estes tempos e voltagens são apenas uma referencia básica para você se guiar no amaciamento de G-0, G12 e G-20.

Fonte digital SANTIAGO

Fonte estabilizada de 25 ampères,
 com mostrador de voltagem e amperagem digital .
Fonte digital SANTIAGO
Esta fonte é a mesma que praticamente todas as lojas do Brasil possuem.

7 - Prepare seu motor 6
Esta dica foi enviada por um freqüentador do Rio da www.slotcarbrasil.com.br .
Ele aconselha basicamente o mesmo amaciamento da dica "Prepare seu motor 5" que vamos repeti-la abaixo, mas, com uma diferença no início do amaciamento, ele aconselha aos internautas que quando começarem a amaciar o motor, comecem com os mesmos 2,0 volt , e ir aumentando a voltagem imediatamente até o motor sair da "faixa de vibração", isso ocorre dependendo da qualidade do balanceamento do induzido, nos 3.5 volt. aproximadamente.
Sempre amacie bem seu motor na fonte, coloque-o por 30 min. em 2,0 volt.depois mais 30 min. em 3,5 volt. depois mais 3 min. em 5,0 volt. e termine com mais 20 min em 2,0 volts.
Lembre-se de deixar o motor esfriar na hora de mudar a voltagem e lubrifica-lo .Importante os tempos e voltagens dependem muito das características da pista que você vai correr, estes tempos e voltagens são apenas uma referencia básica para você se guiar no amaciamento de G-0, G12 e G-20.

Fonte digital SANTIAGOFonte digital SANTIAGO
A Fonte estabilizada de 25 Ampères com
 duas saídas para dois motores diferentes.

8 - Faça sua carrocerria de carro asa 1
Esta dica é para os corredores que gostariam de saber como os americanos montam suas carrocerias, mas é lógico que esta montagem é apenas a mais corriqueira , pois cada corredor tem seus próprios macetes, que não contam nem para seu companheiro de equipe

Combinações de coroa e pinhão.
A relação de coroa e pinhão, influência no torque ou no giro final do carro lembrando que o diâmetro do pneu também.

Quanto maior o pneu: mais giro, menos torque;
Quanto maior o pinhão: mais giro, menos torque;
Quanto maior a coroa: menos giro, mais torque.

A conta é simples C / P / D = R
Onde: C é o número de dentes da coroa;
P é o número de dentes do pinhão;
D é o diâmetro do pneu em polegadas;
R é o resultado: quanto maior o valor mais torque, quanto menor o valor mais giro (Final).
EX: 38 / 8 / 0.765 = 6,209.
Esta fórmula tambêm é válida desconsiderando o diâmetro do pneu, já que normalmente o pneu é usado o mais baixo possível que o regulamento permite, para se obter um desempenho melhor nas curvas. Clique aqui.
9 - Regule a pressão das molas do seu motor.
A pressão das molas do motor é muito importante para obter um maior desempenho do seu motor, e seguem regras simples.
Quanto menor a pressão das molas, mais torque (até certo ponto).
Quanto maior a pressão das molas, mais giro (até certo ponto).
Quase todas as molas, sejam elas Heavy, light, 3 voltas ou 5 voltas podem ser reguladas para qualquer motor.
Quanto mais voltagem e ampèragem a pista fornecer para o motor, maior pressão nas molas pode ser colocada.
Quanto menor voltagem e ampèragem a pista fornecer para o motor, menor pressão nas molas pode ser colocada.
Se a pista é mais "travada", ou seja necessita mais torque, coloca-se menos pressão nas molas.
Se a pista é de "alta" velocidade e o carro só fica com o giro alto, sem grandes freadas, coloca-se mais pressão nas molas.
A pressão usada normalmente
em um G-0 varia de 50 a 90 gramas,
em um G-12 de 60 a 110 gramas,
em um G-20 de 70 a 120 gramas,
em um G-27 de 80 a 130 gramas,
em um G-7 de 100 a 150 gramas.

A pressão é medida com um dinamômetro ou tensímetro, mas voce mesmo pode fazer o seu com uma vareta de aço uma mola (uma mola como as usadas nos aceleradores nacionais) e um tubo de antena de carro. Faça a escala com riscos na vareta ( de preferencia a usar a escala comparando com um tensímetro).
Lembramos que a pressão tambêm depende do avanço do coletor, do "gap" usado nos imãs, do tipo do imã, do pneu utilizado, da quantidade do glubs utilizado na pista em spray ou em gotas, da carroceria utilizada, etc.
Estas são regras básicas, a serem seguidas em 99,9% dos casos.

10 - Motor 7 : Balanceamento de induzido
Aqueles furos que você ve nos três blank's do induzido do seu motor é o balanciamento. O balanceamento utilizado no AUTORAMA retira material (peso) ao invés de colocar peso, o inverso do balanceamento de uma roda do seu carro de verdade.
O balanceamento tambêm é mais delicado, alêm da dificuldade do tamanho, tambêm tem nível de balanceamento esquerdo e direito.
Existem dois tipos de balanceamento : o Estático e o Dinâmico .
O Estático você pode conseguir algum resultado (depois de muito treino) com um par de imãs extremamente fortes em paralelo e colocando o induzido com o eixo afiado entre eles, ao afastar o imã um ou dois milímetros o induzido ficará no ar , e ao gira-lo delicadamente a parte que ficar para baixo acusará o blank mais pesado , onde você terá que retirar peso. Infelizmente este sistema dinâmico arcaico só lhe apontará o blank mais pesado , não lhe dando dicas sobre o lado do blank nem a quantidade a ser retirada, pôr isso esta forma não permite o balanceamento de todos os casos, obtendo sucesso em apenas 10% dos casos.
O Dinâmico o resultado é perfeito para a nossa necessidade, para isso é necessário você ter uma máquina de balancear especifica para balancear induzidos de autorama. A máquina consiste em um sistema eletrônico que gira o induzido da forma que ele trabalha dentro do motor, e através de sistemas de sensores e Strobo , a máquina acusa a quantidade a ser retirada de cada blank e o que é mais importante ... de que lado do blank, pôr isso esta forma  permite o balanceamento de todos os casos, obtendo sucesso em  100% dos casos.
Você pode ter acesso a máquinas confiáveis em pouquíssimas lojas.

11 - Prepare seu motor 8.
Quando você for regular o "jogo" do induzido dentro do motor, alguns cuidados são muito importantes. Os espaçadores tem que ser em bronze fosforoso (que diminuí o atrito), e tem que ser apertados contra o induzido, evitando assim que ao fechar o motor, os espaços entre os espaçadores lhe enganem, dando a falsa impressão de que o "jogo" é menor do que realmente é, abrindo jogo durante a corrida.
Um fato comum é que quando você retira os espaçadores de um motor, para fazer uma limpeza, os espaçadores que estão em contato com o induzido estão convexos, parecendo um chapéu chinês, isto é porque o induzido não está com a parede em relação ao eixo em 90 o , geralmente por ter resina, fazendo inclusive que o "jogo" fique aumentando durante o uso do motor, exatamente por que a resina se desgasta, outro fator é que isto acaba provocando vibração no induzido, parecendo que está desbalanceado.
A solução para isto é muito simples quando se tem uma Ferramenta Diamantada para Eixo , não esqueça de passa-la no lado do coletor tambêm, não é necessário desgastar o induzido em demasia, apenas deixando-o perpendicular ao eixo e retirando toda a resina que está no eixo do induzido, verifique antes de usar a ferramenta, qual o lado da ferramenta que é de 2mm, o outro lado é de 3/32, a medida do eixo traseiro do "carrinho" , o lado 3/32 é para você passar nas buchas traseiras, com o mesmo fim.

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Ferramenta Diamantada para Eixo

12 - Motor 9 : Como soldar o pinhão

Um problema comum para iniciantes e até para os mais experientes, é como soldar bem um pinhão no eixo do motor.
Retire o excesso de solda antiga do eixo do induzido com um estilete, com o motor ligado em uma fonte em 5,0 volts. lixe com uma lixa 600 um pouco o eixo do induzido com cuidado de não afinar o eixo, e sim apenas retirar material antigo e principalmente retirar a oleosidade do eixo, fazendo que a solda nova "pegue" mais facilmente.
Pincele um pouco de acido (fluxo de solda) na parte do eixo que será soldada, e com o ferro de solda, já com a solda, faça a solda "pegar" em todo o contorno do eixo, caso a solda não fique em todo o contorno do eixo, repita o processo até ter sucesso, isto é muito importante. Cuidado tambêm para não soldar o eixo na bucha ou rolamento, passe o acido a no máximo 2 milímetros da bucha ou rolamento.
Coloque o pinhão no começo do eixo e pincele-o por dentro, tendo cuidado de não colocar acido em excesso e nem nos dentes, pincele o eixo também.
Esquente com o ferro de solda bem quente o pinhão até derreter a solda e coloque o pinhão na posição desejada, novamente com cuidado para que a solda não escorra para dentro dos dentes do pinhão.
Caso tenha entrado solda nos dentes do pinhão, jamais tente retirar com um estilete, pois você arranhará os dentes que machucará os dentes da coroa, com isso você perderá a coroa rapidamente. O certo é esquentar o pinhão novamente e ligar o motor na fonte apenas um segundo, fazendo a solda em excesso voar.
É sempre bom após fazer isto, esquentar novamente o pinhão para deixar a solda forte novamente.
Se preferir muitos utilizam solda com prata para reforçar, pois ela tem uma temperatura de fusão mais alta, mas ela é mais quebradiça. Algumas pessoas que perderam corridas por que o pinhão soltou a poucas voltas do final por causa de alguma trinca provocada por uma batida, ou pela temperatura do motor, partem por uma soldagem mais radical. Seria tudo quase igual, mas enchem de solda no pinhão fazendo uma bola de solda e esquentam bem, e depois limpam o excesso com a fonte da forma descrita anteriormente. Eu pessoalmente não gosto muito desse método, pois sempre sobra um pouco de solda nos dentes.
Obs:Jamais cole o pinhão com superbonder ou travadores da loctait, alem de não funcionarem estragam o pinhão e a coroa.

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13 - Acelerador , qual comprar ?
Nós aconselhamos a você iniciante que compre o seu acelerador de acordo com o carro que possui e que pretende comprar no futuro.
Siga a tabela fornecida pela Hi-Speed que é o maior fabricante de aceleradores 100% nacionais.

Categoria
ou Motores

Foto

Valor em OHM da resistência

Parma/para aluguel
16D/ 16D super

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3,5 à 4,0 Ohm
ou Eletrônica

Parma/Trinity
16D/ 16D super

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2,5 à 4,0 Ohm
ou Eletrônica

Grupo- 0 Light
Grupo- 0 Pro

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2,0 à 2,5 Ohm
ou Eletrônica

Grupo- 12 Light
Grupo- 12 Pro
Eurosport G-27

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1,8 à 2,0 Ohm
ou Eletrônica

Grupo- 20 Light
Grupo-20 Pro

Clique aqui. Acelerador SANTIAGO

1,0 à 1,5 Ohm
ou Eletrônica

Grupo- 27
Grupo- 7

Clique aqui. Acelerador SANTIAGO

0,8 à 1,5 Ohm
ou Eletrônica

Os valores acima são indicados para a maioria das pistas que utilizam um padrão de voltagem ideal em torno dos 13,8 volts , pode-se utilizar resistências até 10% mais fortes para pistas que tenham alimentação ruim, muito baixa, por volta de 12,0 volts.
Lembramos que a utilização de resistências duplas ou externas só aumentam a durabilidade.

14 - Resistência Eletrônica
Resistência Eletrônica serve para todas as categorias ou motores, já que funcionam de forma diferente das resistências comuns, a Resistência Eletrônica funciona diminuindo a voltagem que vai para o motor em uma escala constante, por isso, funciona independentemente do motor que o seu carro possui, funcionando perfeitamente em todas as categorias e motores.
A capacidade da ampèragem dos diôdos utilizados na resistência não interferem em nada na variação de voltagem, como é explicado acima, mas o indicado é que tenham 8 ampères como a resistência importada, pois se for mais fraca que isto, ela queima muito facilmente, exija Resistência Eletrônica de diôdo de 8 ampères , garantia de uma maior durabilidade.


Resistência Eletrônica

15 - Os Aceleradores
No início, eram utilizadas resistências de níquel-cromo.
O acelerador tradicional de autorama consiste basicamente de uma resistência que, através do gatilho, controla a velocidade do carrinho. A desvantagem deste tipo de acelerador é o seu valor de resistência ser fixo, podendo ser ideal para algumas categorias e péssimo para outras.
Com o intuito de resolver este problema, a resistência foi removida da parte de cima do acelerador e colocada abaixo do mesmo. Foi criado então o acelerador com resistência externa. A ligação do acelerador com esta resistência é feita através do Pad e fios. Quando determinado valor de resistência não está bom, os fios são retirados de sua posição original e soldados em outras posições até que se tenha um valor ideal para uma determinada categoria.
O problema apresentado por este tipo de acelerador é justamente a falta de praticidade na hora de mudar os valores da resistência. Durante uma corrida isto é impossível.

A Eletrônica a Serviço do Autorama
Mais tarde a eletrônica começou a ser embarcada nos aceleradores .
Foi criada a "resistência eletrônica", que são pontes de diodos no lugar da resistência. O diodo, por sua característica intrínseca, apresenta uma queda de tensão de aproximadamente 0,7 Volts, cada um. Esta "resistência eletrônica" é dotada de uma chave de três posições, que corresponde a apenas três valores diferentes de resistência. Valores intermediários não são possíveis. Este acelerador obteve uma boa aceitação inicial e logo mostrou suas limitações. O funcionamento da chave de três posições consiste em colocar em curto alguns diodos, fazendo com que o funcionamento do acelerador deixe de ser linear, o que atrapalha a condução do carrinho na pista. Em categorias mais fortes como G27 e G7, é comum a queima dos diodos.

Os Aceleradores Transistorizados
O acelerador transistorizado foi o único que resolveu todos os problemas anteriores.
Para se determinar um valor de "resistência", é utilizado um potenciômetro, que é prático, fácil de usar e pode-se alterar o valor de "resistência" até mesmo durante uma corrida. Uma característica deste acelerador é que em todos os valores de "resistência" selecionados seu comportamento é linear, facilitando a condução dos carrinhos na pista.

Características principais:
1) Indicado para todas as categorias: Parma, G0, G12, G20, G27 e Força Livre (G7),
2) Variação do valor da "resistência",
3) Varibrake (reostato), para controlar o freio,
4) Relê instalado, conferindo uma melhora na final do carrinho,
5) Botão que permite arrancar em pistas muito glubadas sem o carrinho "levantar".
6) Dupla polaridade , podendo ser alterada através de um conector.
7) Linearidade e precisão.



O varibrake e o relê
O varibrake, utilizado em aceleradores preparados, é um reostato (potenciômetro de potência). Sua finalidade é controlar o freio do carrinho. Muitas vezes um determinado carrinho possui muito freio e através do varibrake podemos reduzir o freio, ganhando tempo nas curvas, pois não será necessário freiar tudo. Desta forma o carrinho entra na curva de maneira suave.
Relê instalado, confere uma melhora na final do carrinho, pois quando aceleramos tudo, a corrente não irá circular por toda a extensão dos fios do acelerador. O relê fecha um "curto", fazendo que a corrente passe diretamente para o carrinho. Desta forma, eliminamos a perda referente à resistência dos fios do acelerador.

16 - Polaridade da Pista
Existem dois tipos de polaridade:
1) O positivo da bateria é ligado diretamente nos trilhos da pista, que é o padrão adotado na maioria das pistas do Brasil.
2) O negativo da bateria é ligado diretamente nos trilhos da pista.  Este tipo ocorre em poucas pistas.
No acelerador transistorizado isto é resolvido através da inversão de um conector situado próximo ao dissipador.

O esquema abaixo mostra como preparar um acelerador.
O esquema de preparo de acelerador é para quem já conhece um pouco de aceleradores. As peças utilizadas para preparação de um acelerador são: Pad, varibrake, relê, resistência externa, porta-fusível, fusível e fios de boa qualidade.

Não me responsabilizo por danos causados por ligações erradas ou interpretação incorreta do esquema.
A função do relê no acelerador é permitir a passagem máxima de corrente para o motor. Desta forma é eliminada qualquer possibilidade de mau contato no acelerador ou queda de tensão devido ao comprimento dos cabos utilizados. É notada uma melhora na velocidade final do carro.
O relê utilizado é facilmente encontrado em lojas de autopeças. Chama-se relê auxiliar de 4 terminais. Outra característica é a tensão e corrente máxima de trabalho: 12 volts e 40 ampères. Existem várias marcas de relê, atualmente estou utilizando um da SIEMENS. Faça as ligações de maneira cuidadosa.

Pinagem do relê:
Próximo aos pinos do relê devem existir números de identificação dos mesmos.
Os pinos 30 e 87 correspondem aos contatos NA (normalmente abertos) do relê, onde serão ligados os fios branco e preto. Os pinos 86 e 85 correspondem aos terminais da bobina do relê, onde serão ligados o fio vermelho e o fio para acionamento o relê.
Procure dobrar os terminais do relê de tal forma que os fios do acelerador fiquem retos.

Varibrake:
Utilize um fusível pequeno de no máximo 2,5 ampéres em série com o varibrake para protegê-lo.

Na dúvida, procure seu lojista, ele certamente estará preparado para dirimir suas dúvidas na execução deste serviço.  

Observação:   O padrão americano de ligações do acelerador é diferente do padrão adotado no Brasil. Ao comprar um acelerador Parma por exemplo, é necessário inverter os plugues branco e preto. Caso contrário o acelerador irá queimar.

17 - Coroa e Pinhão 2
Esta tabela tem por finalidade auxiliar na escolha da relação a ser utilizada.
A tabela a seguir foi elaborada levando em conta o número de dentes do pinhão e o número de dentes da coroa. Basta dividir o número de dentes da coroa pelo número de dentes do pinhão. Os números resultantes se relacionam ao torque e à velocidade. Quanto maior o número, maior o torque e menor a velocidade final. Quanto menor o número, menor o torque e maior a velocidade final.

Caso 1: Carro com pouca final e muito torque. Deve-se usar uma relação mais longa. Localize na tabela o valor resultante do cruzamento do valor da coroa e do pinhão que está sendo utilizado. Escolha uma relação cujo valor seja menor.
Caso 2: Carro com pouco torque e muita final. Deve-se usar uma relação mais curta. Localize na tabela o valor resultante do cruzamento do valor da coroa e do pinhão que está sendo utilizado. Escolha uma relação cujo valor seja maior.

Regra geral: O efeito obtido pelo aumento ou redução do número de dentes do pinhão é maior que o efeito obtido pelo aumento ou redução do número de dentes da coroa. Muitas vezes é necessário alterar o valor da coroa e do pinhão ao mesmo tempo para se obter um melhor desempenho.
A relação a ser escolhida deve considerar a potência do motor, o comportamento do carrinho na pista e a facilidade para pilotar.

Pinhão

Coroa

7

8

9

10

11

12

13

24

3,43

3,00

2,67

2,40

2,18

2,00

1,85

25

3,57

3,13

2,78

2,50

2,27

2,08

1,92

26

3,71

3,25

2,89

2,60

2,36

2,17

2,00

27

3,86

3,38

3,00

2,70

2,45

2,25

2,08

28

4,00

3,50

3,11

2,80

2,55

2,33

2,15

29

4,14

3,63

3,22

2,90

2,64

2,42

2,23

31

4,43

3,88

3,44

3,10

2,82

2,58

2,38

32

4,57

4,00

3,56

3,20

2,91

2,67

2,46

33

4,71

4,13

3,67

3,30

3,00

2,75

2,54

34

4,86

4,25

3,78

3,40

3,09

2,83

2,62

35

5,00

4,38

3,89

3,50

3,18

2,92

2,69

36

5,14

4,50

4,00

3,60

3,27

3,00

2,77

37

5,29

4,63

4,11

3,70

3,36

3,08

2,85

38

5,43

4,75

4,22

3,80

3,45

3,17

2,92

39

5,57

4,88

4,33

3,90

3,55

3,25

3,00

40

5,71

5,00

4,44

4,00

3,64

3,33

3,08

41

5,86

5,13

4,56

4,10

3,73

3,42

3,15

Os valores constantes nesta tabela são relativos e não absolutos, porém permitem que seja conferido o que está acontecendo e o que pode ser melhorado na relação utilizada no carrinho. Para que os valores fossem absolutos, teríamos que levar em consideração o diâmetro da coroa, do pinhão e também o espaçamento entre os dentes (pitch => passo).

18 - Manutenção e limpeza
Nós aconselhamos a você iniciante, que faça a manutenção do seu carrinho da seguinte forma:
Lubrifique sempre os mancais do eixo trazeiro e do motor, mas sem exageros, principalmente no motor, pois, o exagero de óleo pode comprometer o rendimento do motor caso o óleo escorrer no coletor e carvões. O óleo mais indicado é o vendido nas lojas ou improvise com o lubrificante vermelho fino utilizado em cambio automático ou direção hidraulica.
Limpeza sempre é bom, ao chegar em casa limpe o carro com um pano seco ou umidecido com fluido para isqueiro, este é bem volátil indicado para limpeza sem deixar oleosidade, podendo ser utilizado até no pneu, contatos, chassis e carrocerria. O pano não pode ser muito felpudo nem soltar fiapos, portanto algodão ou cotonete é totalmente desaconselhado e vetado!
Verifique se o alinhamento das buchas continua adequado (no caso de rolamentos faça o mesmo) e se as soldas do chassis e as do motor no chassis não estão rachadas, pois elas podem comprometer a relação de coroa e pinhão, confira tambêm se os furos de fixação da carroceria no chassis não estão comprometidas, caso positivo reforce com fita filamentosa, escolha esta fita por ser a mais resistente para essa finalidade, aproveite e troque os alfinetes.
No motor, por você ser um iniciante não aconselhamos que faça a manutenção em casa, mas confira se os mancais do eixo do induzido não estão com folga (no caso de rolamentos faça o mesmo), ou seja, se não devem ser substituidos , e se o carvão ainda está com tamanho suficiente.
Esta manutenção deve ser executada na loja, pois a cada troca de carvão, você deve dar um "passe" (retifica) no coletor do induzido, com um torno uma ferramenta diamantada.

19 - Melhore o rendimento
Tente acertar o seu carrinho na pista sempre com o menor peso possível. Carregando menos peso o seu carro ganha reta e também velocidade de retomada nas curvas. Com isso, você ainda faz com que o motor esquente menos e dure bem mais.
Alterando a combinação de coroa e pinhão você pode aumentar o torque ou o final do seu carrinho. Quanto menor a coroa (menos dentes) mais reta o seu carrinho vai ter, já quanto menor o pinhão acontece o inverso você ganha torque e perde reta. Experimente

20 - MONTE SEU CARRINHO
Nós aconselhamos a você iniciante que monte o seu próprio carrinho. Compre no seu lojista as peças separadas que sairão mais em conta. O lojista mesmo irá ajudá-lo a montar, indicando as peculariedades que cada modelo tem, evitando assim ter que fazer "gambiaras" como limar soldas ou estragar motores, pneus e relações de coroa e pinhão que muitas embora tenham o mesmo "Pit" e a mesma marca, não são compativeis e acabam por se desgastar prematuramente, sendo assim impossível de explicarmos aqui cada modelo, a não ser o óbvio.
Entre os equipamentos necessários para dar início à brincadeira, estão: um ferro de soldar, uma chave allen, alicate e tesoura.
Importante: compre as peças no lojista da sua cidade, que poderá lhe dar além da garantia uma boa assistência na montagem do carrinho. Lembre-se: às vezes o barato sai caro!!!

(Este artigo é uma cortesia de www.slotcarbrasil.com.br )

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